Mulher que morava em piscina ganha um teto de verdade

Após mais de um mês morando em uma calçada e tendo como ‘teto’ uma piscina, a vendedora ambulante Fabiana Marcolino, de 37 anos, contou com a ajuda de vizinhos e do vereador Dr. Armando Marins para conseguir uma casa de verdade para morar. Após denúncia do caso no jornal O SÃO GONÇALO, na edição do dia 23 de fevereiro, Fabiana, os cinco filhos e uma neta foram residir em uma casa cedida por amigos, no Jardim Catarina.

Atropelada na RJ-104, na altura do Jardim Catarina, em junho de 2012, Fabiana tem fraturas no braço esquerdo e perna direita. Além de abandonar a função de ambulante, ela, por questões familiares, acabou perdendo o quarto onde morava no Laranjal. Sem recursos, Fabiana não conseguiu dar entrada no seguro DPVAT e continuar o tratamento em seus membros. Sua única fonte de renda são os R$ 200 que recebe do motorista da van que a atropelou.

Presidente da Comissão de Assuntos da Mulher de São Gonçalo, Dr. Armando Marins visitou Fabiana e se comprometeu a ajudá-la na busca por seus direitos, além de acompanhar no tratamento de seus ferimentos.

“Vou indicar uma advogada para acompanhar a Fabiana na busca por seus direitos sobre o seguro DPVAT. Ela não está podendo andar, o que a impossibilita de trabalhar. Por isso, a advogada também vai ajuda-la a tentar se encostar pelo INSS e receber um salário até se recuperar. Assim, com esse dinheiro, Fabiana poderá retomar a sua vida, cuidar da sua saúde e dos seus filhos.”

Durante o verão, Fabiana morou em uma calçada na Rua Júlio Lima, no Laranjal, em São Gonçalo, após vender o quarto onde morava e brigar com o namorado, tendo que deixar a residência dele. Na piscina abandonada, Fabiana tinha um sofá, um ventilador, uma TV e algumas cobertas. Os seus outros quatro filhos estão morando com familiares e vizinhos. De cadeiras de rodas, Fabiana não pode nem vender balas. O trabalho rendia cerca de R$ 150 por dia.

“Quero voltar a andar e, assim, trabalhar para sustentar meus filhos. Fico com medo de não conseguir me recuperar. Porém, tento esquecer isso tudo e focar que ainda vou voltar a trabalhar”, contou Fabiana.